Para descrever o que é Bugatti Veyron, deveríamos começar perguntando como você definiria um carro que impressiona:
- pelo maior preço?
- pela maior potência do motor?
- pela maior força de aceleração?
- pela maior velocidade final?
Qualquer um dos 4 fatores realmente impressionaria mas, e se eles quatro estiverem reunidos em um único carro? Impossível? Não, o Bugatti Veyron tem exatamente todos eles!
O que torna o Bugatti Veyron tão especial – o motor
O motor do Bugatti Veyron é seguramente o que torna o carro tão especial. Embora tecnologicamente muito avançado em itens como freios, transmissão, etc.., eles podem ser vistos em outros carros esportivos de luxo como Ferraris, Porsche, Lamborghini, Maclaren, etc. Dessa forma não são eles que tornam o Bugatti Veyron especial e sim o motor dele. Na verdade, podemos dizer que o carro foi construído especialmente em volta do motor, extraordinariamente potente.
O motor do Bugatti veyron tem 16 cilindros, podendo produzir 1.001 hp, potência, o suficiente para acelerar o carro de 0 a 100 km/h em 2,5 segundos e de 0 a 288 km/h em 14 segundos e atingir mais de 400 km/h.
O motor do Bugatti Veyron é alimentado por 4 turbos, 1 para cada 4 cilindros, e conta com quatro comandos de válvulas variáveis. Ao todo são 64 válvulas, 4 por cilindro. Surpreendentemente esse colosso é compacto. Veja o vídeo abaixo (no momento disponível apenas em inglês) para entender.
Para manter o motor pequeno, aproximadamente do tamanho de um V8 a Bugatti cuidou primeiro da alimentação. Uma maneira comum de tornar um motor mais potente é colocar mais ar nos cilindros por meio de turbos. Aproximadamente se colocarmos o dobro de ar em um cilindro queimaremos duas vezes mais gasolina. Embora essa relação não seja perfeita, dá para ter uma idéia de como a Bugatti fez no Veyron. No caso foram colocados 4 turbos ao redor do motor, 1 para cada 4 cilindros.
A segunda coisa a fazer para gerar tal potência foi criar um motor de 16 cilindros. Pra isso haveria 2 possibilidades:
- colocar 2 motores V8 alinhados um com o outro, conectando as árvores de saída;
- colocar 2 motores V8 em linha, um ao lado do outro.
A Bugatti optou pela segunda possibilidade no Veyron. Juntou 2 motores V8 um no outro e permitiu que eles tivessem um virabrequim único. Os dois V produzem um W. Essa é origem do motor W-16 do Bugatti Veyron.
Além da alimentação por turbos e do formato W-16 alguns outros desafios técnicos tiveram de ser resolvidos:
- como um motor desses gera um quantidade enorme de calor, o sistema de lubrificação é de cárter seco, semelhante aos dos carros de fórmula 1, com um intricado circuito de óleo interno;
- dotar o Bugatti Veyron de um comando de válvulas variáveis e controladas eletronicamente para criar o melhor desempenho em diferentes faixas de rotação do motor;
- colocar um radiador gigantesco para arrefecer a enorme quantidade de calor que um motor desses pode gerar.
- para controlar todo esse torque a transmissão tem de ser especialmente projetada. No Bugatti Veyron ela tem 7 marchas, um sistema de 2 embreagens, com troca de marchas sequenciais e um sistema de câmbio controlado por computador e acionado por borboletas no volante.
- como seria praticamente impossível impedir que 2 rodas patinassem continuamente quando submetidas a todo o torque do Veyron, ele tem tração integral nas 4 rodas
Veja no vídeo abaixo a montagem do motor do Bugatti Veyron na fábrica na Alemanha ( no momento vídeo disponível apenas em inglês)
Carroceria do Bugatti Veyron
Um desafio na construção do Veyron foi como permitir que um carro de passageiro ande a 400 km/h na estrada com um mínimo de segurança. Essa é uma velocidade maior do que a suficiente para levantar um jumbo muitas e muitas vezes mais pesado. Ao contrário do carro de F1, que é projetado especialmente para isso, O Bugatti Veyron precisava manter a aparência de um carro de passageiro esportivo.
Uma das soluções foi aumentar a largura do Bugatti Veyron: ele tem 2 m de largura, 1,22 de altura e 4,47 de comprimento. Para título de comparação o Hummer da GM, um jipe colossal, tem 2 m de altura e 2,06 de largura.
O Bugatti conta também com uma asa traseira, que se abre automaticamente em alta velocidade para aumentar a força vertical e manter o carro colado na estrada.
Enormes tomadas de ar foram colocadas na carroceria, para alimentar o motor, capaz de consumir 45.000 litros por minuto, arrefecer o calor gerado pela queima de 5 litros de gasolina por minuto em potência máxima e refrigerar os freios.
Pneus para o Bugatti Veyron
Como não poderia deixar de ser, os pneus do Bugatti Veyron precisam ser especiais. Além de ser capazes de rodar a 400 km/ h, suportar 1,3 vezes a força da gravidade, eles também precisam durar mais do que os 110 km que um pneu de F1 na média resiste.
Para isso a Michelin criou pneus especiais para atender o Veyron. Os dianteiros medem 245/690 R 520 A e os traseiros 365/710 R 540 A. em que 245 e 365 são a largura, em milímetros. Os aros têm 520 mm e 540 mm de diâmetro (aproximadamente 20 e 21 polegadas). São sem dúvida pneus enormes
Eles usam o sistema PAX da Michelin, onde a pressão é monitorada automaticamente. Eles podem rodar vazios aproximadamente 200 km a 80 km/h. O sistema PAX avisa quando os pneus estão esvaziando e o motorista pode reduzir a velocidade com segurança. Esse sistema também permite que não se use estepe, o que ajuda a diminuir o peso do Bugatti Veyron.