Piso vinílico, o básico para assentá-los

Os pisos vinílicos, vulgarmente designados por pisos plásticos, são particularmente indicados para o revestimento de pavimentos onde seja necessário haver frequentes limpezas úmidas.

Este tipo de revestimento não deve ser aplicado sobre pavimentos onde exista umidade ou evaporação constante de água, porque mais tarde a umidade retida pode causar enfolamentos e despegamento das placas. Não deve ser colocado também sobre pavimentos sujeitos a contrações ou dilatações, tais como pavimentos de madeira novos, feltres betuminosos e cortiças.

Existem pisos vinílicos e pisos vinílico-amianto. Os primeiros são mais estanques, têm menos espessura e são maleáveis a frio, ao contrário dos segundos.

Há várias qualidades e cores de pisos vinílicos, os quais têm as seguintes dimensões (em centímetros): 50 X 50, 40 X 40, 30 X 30 e 25 X 25, sendo os dois últimos os mais usuais.

As espessuras dos pisos vinílicos (PVC) variam de 0,5 mm a 2 mm. Os pisos vinílico-amianto já atingem espessuras superiores a 2 mm.

Os pisos vinílicos, antes de serem colocados, devem ser expostos a um aquecimento geral e homogêneo. Tanto pode ser ao calor do sol como aquecidos com um ventilador com resistência elétrica incorporada — por exemplo, um secador de cabelo.

Os lotes de fabricação nem sempre são exatamente iguais. Portanto, ao escolher os pisos vinílicos, tenha o cuidado de verificar se estes têm o mesmo número de fabricação.

Informe-se nas casas da especialidade sobre a cola mais apropriada para o trabalho que vai executar. As colas asfálticas, de policloroprene e de látex, dão melhores resultados de adesividade e maior rendimento na colocação.

Também existem vinílicos autocolantes. Para a sua aplicação é apenas necessário retirar o papel encerado que cobre o adesivo e, uma vez o vinílico no seu lugar, comprimi-lo com os dedos ou com um rolo de borracha dura, para que fique aderente ao pavimento e sem bolhas de ar intercaladas. Uma vez aplicados os vinílicos, proceda à limpeza dos resíduos de cola, tarefa fácil se for utilizada uma flanela umedecida em água e petróleo comum. Depois seque com outro pano, podendo em seguida aplicar cera própria para pisos vinílicos.

Quando o pavimento que pretender revestir com vinílico for de madeira — com empenos, gretado, etc. —, você terá de proceder a uma regularização prévia da superfície, podendo utilizar o processo de regularização composta, que consiste essencialmente em aplicar um tecido de juta crua, não tratada, de malha aberta (tipo S 50 ou S 55) sobre pavimentos de madeira irregulares, de forma que a juta fique esticada e unida nas ourelas. A fixação faz-se com um grampeador ou aplicando cola de contato em toda a periferia do cômodo e também ao longo das ourelas dos panos de juta. Além do processo acima descrito, você poderá recorrer à aplicação de cartão prensado, operação que se torna, no entanto, mais difícil e menos segura, já que este cartão tem de ser todo pregado ou grampeado, de modo que os pregos ou os grampos distem entre si 7 cm, e previamente molhado.

Após a colocação da juta, é feita uma calda com água e pó do tipo utilizado para regularizar pavimentos dentro de um balde de plástico ou noutro recipiente com a capacidade mínima de 10 l. A quantidade de água para fazer a calda é aproximadamente um terço do volume do recipiente. À medida que deita o pó, agite muito bem com a ajuda de um pau para fazer a mistura da água com o pó.

Quando a calda se encontrar espessa e homogênea, derrame-a sobre o pavimento já coberto com o tecido de juta e espalhe-a com uma régua de madeira ou ainda, mais corretamente, com uma desempenadeira metálica. Pode também proceder ao espalhamento com um pedaço de compensado de 3 mm de espessura, com as dimensões de 25 cm X x 15 cm. O consumo médio de pó é de 2 kg/m2 de área a regularizar. Ao fim de três a quatro horas de secagem da primeira aplicação, proceda à segunda, para deixar todo o tecido de juta coberto e o pavimento nivelado.

Utilize um raspador velho e bem afiado para levantar placas antigas. Se necessário, aqueça cuidadosamente a superfície das placas com um maçarico.

Se uma placa antiga se soltar, raspe bem toda a cola velha e limpe a poeira antes de voltar a aplicar a cola e colocar a placa nova.

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